sábado, 1 de março de 2025

EMBRAER ERJ-145

EMBRAER ERJ-145
by: A. Bernardes

fotos - Internet

A Aeronave

Quando o EMB-145 foi lançado no Salão de Le Bourget de 1989, ele tinha asas retas, motores colocados sobre as asas e winglets. A filosofia deste estágio do projeto era criar uma aeronave que tivesse baixo custo de desenvolvimento, utilizando para isto a maior quantidade possível de componentes do Brasília. Os ensaios de túnel de vento demonstraram porém problemas de complessibilidade que impediriam que o desempenho desejado fosse alcançado, diante disto alterou-se o projeto para que o mesmo tivesse asas enflechadas com winglets e com os motores em pilones sobre as asas para que o desempenho desejado fosse alcançado. Mas, para isto o trem de pouso teria que ser longo e as partes em comum com o Brasília se resumiriam apenas a fuselagem. Assim , como solução definitiva os motores foram reposicionados na cauda como na maioria dos jatos executivos, o que proporcionou superar o desempenho antes estimado e a comulidade desejada com o Brasília.

O EMB-145 depois rebatizado ERJ-145, de Embraer Regional Jet, introduziu para a Embraer novidades em várias áreas. Na área técnica, foi o primeiro avião a ser todo desenvolvido sob o sistema CAD/CAM no Brasil. Na área de investimentos foi o primeiro a contar com parceiros de risco, ou seja, empresas que fabricam componentes participando com uma parcela do investimento total. Na área de marketing, foi o primeiro a ter mais de um cliente de lançamento, bem como, não partir de uma encomenda das forças armadas brasileiras e ser um projeto voltado para as companhias aéreas.

O modelo é propulsado por dois reatores Alisson AE 3007, tem capacidade para 50 passageiros, comprimento de 29,87 metros, envergadura de 20,04 metros, área alar de 51,18 metros² , peso máximo de decolagem de 19.200 kg e 20.600 kg nas versões standard e ER respectivamente, peso máximo sem combustível de 17.100 kg e velocidade de cruzeiro máxima de 796 km/h na versão standard.

O EMB-145 começou a ser fabricado em 1992 e desde então já foram entregues mais de 1000 aeronaves no mundo inteiro.

Operação na Rio-Sul

A RIO-SUL foi uma das empresas lançadoras do ERJ-145 e com ele, a companhia lançou o conceito do jato de 50 lugares no Brasil.  O objetivo era criar uma malha com ampla opções de horários, ligando os aeroportos centrais que são perfeitos para os executivos e que ficou conhecido como Jet Class, porém, nem tudo era um "Mar de Rosas", pois por ser o primeiro jato produzido pela Embraer, as primeiras unidades tinham problemas de performance e panes de integração de sistemas.  A aeronave estreou na rota Rio - Belo Horizonte e depois Rio - Brasília e foi nesse voo que o Jet Class se tornou o "queridinho" dos executivos, pois à época somente o Jet Class operava no aeroporto Santos Dumont.  Em 1997 foram recebidos sete, em 1998 cinco, em 1999 três e em 2000 o último da versão LR pois, os demais seriam da versão ER.

O único a se acidentar foi o de matrícula PT-SPE em 28 de dezembro de 1998 em Curitiba quando ao realizar um pouso duro, a estrutura não suportou as enormes forças G aplicadas à fuselagem, fazendo com que essa se quebrasse logo após a seção central, atrás das asas, porém sem vitimas.

A partir do final do ano de 2002, as aeronaves do grupo VARIG, RIO-SUL e Nordeste eram compartilhadas entre elas e as 15 aeronaves do tipo ERJ-145 eram cedidas de uma para outra dependendo da demanda de cada companhia, mas sabe-se com certeza que todas as 15 operaram nas cores da VARIG-RIO-SUL, e que permaneceram nessas cores até a falência do grupo.

Matrículas

PT-SPA, PT-SPB, PT-SPC, PT-SPD, PT-SPE, PT-SPF, PT-SPH, PT-SPI, PT-SPJ, PT-SPK,
PT-SPL, PT-SPM, PT-SPN, PT-SPO, PT-SPP